É bem provável que todos já tenham escutado algo sobre fazer rodízio de pneus no carro, certo? Agora, vocês sabem o que isso realmente significa, quais os benefícios e quando ele deve ser feito? Se não, já está mais do que na hora de saber, meus amigos.
O rodízio de pneus faz parte da rotina de muitos motoristas (tanto de carros, como de caminhões). É uma prática conhecida para prolongar a vida útil dos componentes, garantir que o desgaste natural do produto ocorra de maneira uniforme.
Além disso, também pode ajudar na economia de combustível e aumentar da segurança na direção, pois o veículo se torna mais estável com a inversão entre os pneus dos eixos traseiro e dianteiro do veículo, mas existem outros benefícios para quem realiza o rodízio de pneus.
Essa é uma dúvida muito comum entre os motoristas, afinal, a precaução é fundamental na hora de pegar a estrada. A duração de um pneu varia conforme a frequência de utilização do veículo, as condições das vias e a habilidade de condução do motorista.
Especialistas indicam que quando há necessidade de trocar os pneus, o processo deve ser feito aos pares. Assim, o par traseiro antigo deve ser movido para o eixo da frente, e o novo par colocado no eixo traseiro.
Também é recomendado realizar o alinhamento e balanceamento após o rodízio de pneus para reduzir o desgaste e aumentar a estabilidade. Essa medida contribui para melhorar o sistema de freios e o tempo de resposta em relação ao volante.
Para motoristas que passam longos períodos na estrada, é preciso praticar o revezamento regularmente. Confira abaixo 08 pontos positivos divulgados pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos).
Veja os benefícios do rodízio de pneus no seu carro
Existem várias vantagens na realização adequado do rodízio de pneus. Entre elas, destacam-se aquelas relacionadas à segurança do veículo, e ao menor custo de manutenção. É o caso dos seguintes benefícios:
1) O rodízio de pneus é realizado para compensar a diferença de desgaste dos pneus e ajuda a compensar em parte os desgastes irregulares que ocorreram por desalinhamentos das rodas ou impactos aumentando a durabilidade e eficiência.
2) Melhora a estabilidade do carro, principalmente em curvas e frenagens.
3) A indicação é que o rodízio de pneus seja feito em todos os pneus, seguindo as indicações do fabricante do veículo. Caso você não tenha essas informações, o ideal é fazer a troca a cada 10 mil quilômetros para pneus radiais.
4) Para veículos 4×4 o ideal é fazer o rodízio de pneus em “X” dos quatros pneus (caso não sejam unidirecionais).
5) No caso dos pneus assimétricos, eles devem ser movimentados de modo que o rodízio de pneus deixe sempre o lado externo do pneu montado na parte externa, ou seja, o pneu não pode ser invertido no aro. Para os pneus unidirecionais, o ideal é movimentar os pneus no mesmo lado do veículo, já que o sentido do giro não pode ser invertido.
6) Para veículos com medidas diferentes nos dois eixos, o rodízio de pneus é feito trocando-se os pneus do meu eixo entre si, ou seja, do lado esquerdo para o lado direito e vice-versa
7) Caso as rodas estejam mal alinhadas, prejudicadas por regulagem incorreta dos ângulos de convergência, cáster e câmber, um pouco tempo os pneus estarão com um lado da banda de rodagem mais desgastado do que o outro. O alinhamento e o rodízio de pneus podem compensar estes desgastes irregulares caso não tenham progredido demais.
8) Caso você rode muito tempo com a calibragem errada dos pneus, o desgaste também será irregular, com pouca pressão, ele consumirá rapidamente a borda dos pneus, enquanto se a pressão for demais o meio da banda de rodagem desgastará primeiro.
Por isso que o ideal é verificar frequentemente a calibragem dos pneus, pelo menos uma vez por semana, já que apenas o rodízio de pneus não compensará os desgastes excessivos causadas pela pressão incorreta dos pneus.
Qual é o momento certo para realizar o rodízio de pneus?
De modo geral, o prazo recomendado pelos fabricantes foi estipulado entre 5 mil e 10 mil quilômetros rodados, desde que observado o período de validade dos itens em uso e da rotação do estepe. O tempo mínimo para substituição é de seis anos, independentemente do uso. Embora econômica, o revezamento dos pneus é uma solução de eficiência limitada.
Outro indicador da necessidade de substituição é o próprio desgaste. Os pneus são equipados com sinalização para indicar a necessidade de manutenção. Esse indicador é chamado de Tread Wear Indicator (TWI) e representa um sulco na borracha com 1,6 milímetro de profundidade. Quando essa marca é atingida, os pneus devem ser substituídos o mais rápido possível para não comprometer a segurança.
O estepe deve participar do rodízio?
O pneu reserva é um item obrigatório de segurança cuja regulamentação está descrita no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A lei determina que o seu tamanho, formato e aro devam ser idênticos às demais rodas do veículo.
Porém, como o seu uso não é tão frequente, o estepe não fica desgastado na mesma medida. Com isso, muitos motoristas ficam em dúvida sobre qual é a melhor forma de proceder. Na prática, a resposta para essa pergunta é: depende.
Atualmente, muitos carros são fabricados com um estepe provisório. Trata-se de um pneu mais fino e menos resistente, que deve ser utilizado apenas para levar o veículo à oficina, caso haja algum inconveniente. Neste caso, o estepe obviamente não deve participar do rodízio de pneus, já que não faz parte do conjunto de pneus comuns.
Já nos carros que apresentam estepes com pneus idênticos aos do veículo, a decisão é diferente. Em geral, recomenda-se sua inclusão no rodízio de pneus. Sua participação, neste caso, deve seguir as instruções do manual.
Caso não haja nenhuma, recomenda-se que, a cada rodízio de pneus, o estepe seja colocado na roda direita traseira. O pneu retirado deve ser aquele que iria para a posição onde o estepe entraria. No próximo rodízio de pneus, ele deve ser colocado naquela mesma posição, para dar andamento ao ciclo.
Após o rodízio de pneus
Depois de realizar, também deve-se fazer alinhamento e balanceamento do carro, sendo uma ação preventiva. Para garantir danos futuros, cheque a calibragem do seu carro de 15 em 15 dias e lembre-se de conferir o alinhamento em todas as revisões ou no máximo a cada 10 mil km.
Quando o carro não está alinhado, o pneu terá um desgaste maior em um dos lados da banda de rodagem. A calibragem também é fundamental. Com pouca pressão o desgaste nas bordas acontece com mais rapidez e se a pressão estiver acima do recomendado o meio da banda de rodagem irá desgastar primeiro.